Um estudo feito pelo provedor de sistemas de reserva, Amadeus IT Holding SA (AMS) sugere que, devido ao aumento da conexão entre companhias aéreas e smartphones, em 10 anos o hábito de fazer check-in no balcão do aeroporto se tornará uma exceção ao invés de regra.
O relatório, intitulado “Do Caos à Colaboração” também diz que as companhias irão desenvolver tickets “inteligentes” que atualizam os atrasos e etiquetas que rastreiam as bagagens pelo mundo inteiro. Também é dito que jogos de computador e tecnologia de “realidade aumentada” poderiam ser usadas para melhorar o transito nos aeroportos e as lojas dos terminais irão bater recordes em gastos com tecnologia digital para atrair clientes.
“Nós estamos começando a perceber – a indústria está começando a perceber – o impacto que a tecnologia móvel terá,” disse Denis Lacroix, vice-presidente de desenvolvimento de produtos da AMS. “O fato de que entre três e cinco anos todas as pessoas tenham telefones celulares equivalentes ao iPhone ou um aparelho smart, irá modificar profundamente o modo de fazer uma viagem.”
As operadoras aéreas já estão utilizando links sem fio para agilizar as viagens. A EasyJet, segunda maior linha aérea de baixo custo da Europa, introduziu no mês passado um aplicativo que permite que os clientes procurem e reservem voos em seus aparelhos celulares, assim como checar o status do voo. Em Agosto, a British Airlines distribuiu iPads carregados com informações de clientes que utilizam o serviço frequentemente para seus tripulantes, com a intenção de oferecer uma experiência personalizada.
Mesmo assim, ainda resta a preocupação em relação à segurança, o que pode fazer com que haja uma restrição do uso de aplicativos sem fio ao cruzar as fronteiras, é apontado no relatório.
“Se você falar com um especialista em tecnologia ele irá te dizer que é perfeitamente possível ter um chip no seu braço, ou usar reconhecimento facial e entrar em um avião sem ter que fazer check-in,” disse o consultor de tecnologia Tim Jones no relatório. “Mas parece que a intenção das equipes de controle de fronteira está mais para aumentar as etapas de segurança, ao invés de removê-las.”